sexta-feira, setembro 12, 2008

Hora Passante

Ora me conheço, ora me desafio.
No momento me esqueço o minuto que partiu.

Não durmo horas, acordo em sonhos.
Hesitante, se vi o que vi!
A sensibilidade passeia, eu a ermo e vil.
Uns julgando mal, outros se vendo em mim.

Se no espelho reflete a aparência insensata que enobrece
A imagem de outrora esquece.
O vulto fugaz, sopro delinqüente.
Do momento sutil de realmente ser,
A ignorar convenções, realizo-me no presente.

Não mais contido, sendo o que em mim sente,
Estou eu despido do civilizado.
Embeveço, sublimo,
na incerteza do que sinto, eu desvairo,
incerto do que sou, eu desatino
Em um sorriso de ébrio
que muitas vezes calo.