sábado, novembro 29, 2008

Incógnita

Dessa incógnita, que agora me permites escrever,
deixo implícita a marca ilícita de saber.
Faço-me ignaro, solerte, vil.
Vagando, escapo da loucura.
Desmanchando, em galhos no pueril.
E me refaço de retalhos do que já sentiu.

A interrogação, se um dia veio,
não foi de identidade, mas o por quê do feito.
Não que não te falte motivação, vontade...
Mas que o sentimento cale, te deixando muda,
louca de saudade...

segunda-feira, novembro 24, 2008

Carne sangra e pede mais daquilo que já viveu.
Vem a meu ser cheio de lembranças,
dúvidas cruéis do que ocorreu.
Vem a mim, vem ao labirinto!
Me deixa faminto, com sede por mim.

Do que viveu o gozo mórbido das coisas leves,
sorriu gritou, amou chorou, tudo breve.
A consciencia branda, num suspiro escreve,
o saudosismo alegre que a memória esquece.

Deixo lá e busco além, vou atrás de onde ninguém.
Viver o vivido, já sabido que esqueço ou que relembro,
vou a passeio, feito um louco, me esquecendo...