domingo, dezembro 11, 2011

Desconheço

Chego ao pé do morro de minhas conclusões indefinidas e contemplo,
Por um simples instante, todos os equívocos que conquistei.
Todas as idéias falhas a que sucumbi.
Questionamentos tantos e a lógica esvai-se de minha razão.
Em outro tempo poderia ter sido o que enxergo interiormente.
Ou não.

Dói todo esse dia de contemplação. Admiro, ainda, meus pensamentos
Mesmo nos erros eles ainda persistem, alunos de toda essa matemática
Sem fundamento que é a vida.

Miro, ao alto, o topo do morro. A chegada.
Desconhecendo os percalços da escalada, as adversidades que enfrentaria.
Por um instante, meu, reflexivo, confabulo várias trajetórias e fins.

Baixo os olhos, viro e reconheço as pegadas e até onde cheguei.
Meu ser, mais resistente, triunfa na abstração do porvir e logo depois cala.
Inspiro, exaustivamente, um novo ar. Quase que pesado, dou o primeiro passo.

O que me espera lá no alto? Desconheço...
Quem serei eu lá no alto? Desconheço...

Conto apenas com essa sensação de novidade
E a certeza de que o mais importante será a trajetória que hei de percorrer.
E que, lindamente... desconheço.