segunda-feira, janeiro 09, 2012

Senhora de Engenho

De todos os conflitos que vivi
Tu foste, em uma complexa concomitância,
O que mais doeu, o que mais me fez sorrir.

Respirei mil essências vis em sonhos
Traguei doces fumaças em confabulações diversas
E, ao acordar, me vi sozinho
no vazio do meu espelho.

De que vale ser Rei de impérios utópicos?
Ser Senhor de Feudos vários sem coroa?

Nada. Nada é aprazível nessa metafísica constante de minha cabeça.
Pois te digo, minha majestosa princesa, rainha de minha mente,
Senhora de todos meus pensamentos latifundiários:
Por um simples sopro,eu trocaria todos os meus reinados.
Um leve suspiro em teus mamilos cálidos.
Vassalo teu, escravo
a saborear o mais puro leite de tua pele pálida.

E poder ser Rei... Rei!
Rei dos mais desconhecidos Impérios da Eternidade!

domingo, janeiro 08, 2012

Riso Febril

Tantos mundos! Tantos sonhos!
Tantos portos eu visitei te navegando.
Procurando desvendar teu universo.
E sempre me faltou o palpável.
Sempre foi pouco e eu miserável.

A escravizar-me em imagens tantas, encontro-me em labirintos infinitos,
incessantes...

Pode ser que um dia a brisa venha
O amanhã floresça em meu peito ardente.
Como a acariciar meus palpitantes pensamentos
Traduzir, em ventos, o indecifrável do teu mistério
Que me tenta, prende-me a um devaneio imenso.

Dá-me febre! Dá-me febre!
Ardor incontrolável
Fluente em meu olhar
Tempestade em minhas mãos
que escrevem ondas e maremotos
como a traduzir teu sopro leve
aos meus ouvidos.

Ainda busco a sanidade. Interrogo-me!
No afã de encontrar uma resposta, uma solução.
Mas é em vão. Minha busca é falha.
Teu misticismo não permite racionalidade, uma lógica comum.

Permaneço febril e, ainda assim, enalteço-me com tua presença.
Como a criança que, mesmo doente, sorri... alegre.