quarta-feira, abril 09, 2008

Do acaso fez-se o pulso.
Forte, resistente, inscrito na graça do mar...
Que, como suas ondas, abalam e acalmam o pensar.
Bate na vibração da qual faz uso.
Escarra a maré que ora deu lugar.

Da cor azul um semblante leve a se esguichar,
deixa no céu o espectro da imensidão do meu querer,
Ao pulso, que comparo por ora, o meu viver.
Abraço mais doces ventanias e beijo grandes tempestades.
Saúdo vidas passadas e vivo todas amizades.

Problema Matemático de Uma Relação

Uma vez te amei.

Duas vezes errei.

Então, nós somei

Para depois diminuir.

A conta errada fiz

Não porque quis.

A matemática é vício

Num amor de suplício.

Elevei-te ao quadrado

De uma potência enésima.

Iludido com o resultado.

Enganado na décima

Vez que calculei

A multiplicação de mim.

O amor em ti enxerguei

Mais com mais assim...

Não deu mais e sim

O sinal de menos, em ti.

Sendo o produto no fim

Negativo também aqui.

Tu eras radiciação,

Polinômio

De quinto grau. Divisão.

Eu era potência.

Determinante da Matriz

Maior. Multiplicação.

E nós éramos equação,

Fórmula de Báskara,

Duas incógnitas. Função.

E dessa relação ficou eterna,

Na física moderna de nossas formas,

A geometria plana de uma circunferência,

Cícrculo, símbolo do infinito, nós,

Sem congruência.