segunda-feira, junho 01, 2009

Um Segundo de Nós

Quando conversamos e me contas dos teus montros e pesadelos,
teu olhar, de não conseguir nos viver, revela tua aflição.
Com doçuras, risos e banalidades, disfarço, em confissão,
toda minha urgência de beber nosso amor hibernante,
de te acordar realmente...para a minha realidade.

Mas tu te escondes em teus temores e nos receios que tua imaginação enlouquece,
constrói muros, isolando-nos em angústias, devaneios, nos perdendo em teses.
Ainda tento, contra-argumento inquieto, procurando evitar que gastemos o tempo,
nosso tempo, nosso minuto, um segundo de nós.
Sigo em pesar, lamento ser tão compreeensivo.
Deixo o amor esvaído. Temo teu pavor.
Calo meu furor, enlouquecido...

É cada simples momento de amor perdido que me faz, um pouco mais, sem juízo.
Um beijo não dado em um domingo, um segredo de paixão não dito, um acordar juntos não vivido.
E me deixo perdido nesse teu labirinto de medos, isolado nas paredes da tua cabeça,
te procuro, esmurro tuas dúvidas com minhas certezas. Porém, ainda dormes.
Já pensei em desistir, em me achar em outros cabelos, me perder em um novo tempo.
Mas o que faço se no labirinto da minha cabeça, tu és todas as saídas?
Eu calo. Calo meu mundo, minhas palavras, todas minhas perguntas!
E é apenas assim, calado, mudo, que tu me vens, o teu sorriso, tua companhia, afago...tudo de ti que vive em mim. O nosso tempo, o nosso caso, a infinitude de um segundo de nós...