domingo, janeiro 08, 2012

Riso Febril

Tantos mundos! Tantos sonhos!
Tantos portos eu visitei te navegando.
Procurando desvendar teu universo.
E sempre me faltou o palpável.
Sempre foi pouco e eu miserável.

A escravizar-me em imagens tantas, encontro-me em labirintos infinitos,
incessantes...

Pode ser que um dia a brisa venha
O amanhã floresça em meu peito ardente.
Como a acariciar meus palpitantes pensamentos
Traduzir, em ventos, o indecifrável do teu mistério
Que me tenta, prende-me a um devaneio imenso.

Dá-me febre! Dá-me febre!
Ardor incontrolável
Fluente em meu olhar
Tempestade em minhas mãos
que escrevem ondas e maremotos
como a traduzir teu sopro leve
aos meus ouvidos.

Ainda busco a sanidade. Interrogo-me!
No afã de encontrar uma resposta, uma solução.
Mas é em vão. Minha busca é falha.
Teu misticismo não permite racionalidade, uma lógica comum.

Permaneço febril e, ainda assim, enalteço-me com tua presença.
Como a criança que, mesmo doente, sorri... alegre.

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