quarta-feira, maio 16, 2007

Por Baixo dos Panos

Hoje te vi. Altiva!
Beleza banal que me cativa.
Entre o belo e o feio, simples.
Sem adorno. Sem batom.
Sim, tens o dom.

Alucinado fiquei. Perdido.
Sem explicação nem resposta.
Mostra. Isso, me enleva,
que eu bebo tua imagem feito doido.

Entre os outros és só mais uma bela, minha fera!
No meu quadro, és dona e eu criado.
Comum fico. Inebriado. Será que percebeste?
Passando ao meu lado, nem olhaste.
Sabes sim, de mim aqui.

Tua malícia é meu espinho.
Tua simples carícia
nos cabelos, meu vício.
É no leve reclínio do teu colo que esmoreço.
E se atento permaneço...
...por dentro de minhas vestes cresço.

Da minha imaginação, somente o suplício
de fazer real o pensamento.
Atordoado me contenho. Possuído de temor.
Paixão ou amor? Não é esse o meu tormento.
A essa pergunta resposta já tenho:
é desejo, obsessão, sofrimento...

Pois, enquanto para outros, andas.
À minha imaginação mandas
imaginar-te somente em rendas.

Se aos demais, tu simplesmente sentas,
é ao meu imaginário que atormentas,
ao te pensar em outras posições.

E se queres saber, quero ficar no desespero.
Pois quanto mais eu me esmero,
mais despida ficas em meu ser.

Então segue, menina. Vestida.
Continua...
Mas lembra sempre:
no verão ou no inverno, de terno...
...não importa. Aos meus olhos sempre estarás nua.

2 comentários:

Unknown disse...

Que bela declaração!
Se mostrares isso pra mulher q estais a fim, acho que rola bacana!
Talvez ela fique um pouco chocada com a parte do "nua". Mas, no geral, acho que vai gostar.
;-P

Anônimo disse...

Mathueus do além!!!!!!!!!!!!

Não conhecia esse seu lado.

Belíssimo seu texto.

Atualize sempre, porque minha presença está confirmada!!

Bjoooossssss

=D