Não digo que o céu é o pão molhado no café,
que o mel da abelha está nos olhos de quem quiser.
Não penso em monotonia na brisa fria do entardecer,
vivo somente a alegria, essa alegria de um poema escrever.
Não olho pessoas passeando sem o dia aproveitar,
enxergo amigos, amores e amantes a conquistar.
Eu corro, pulo, grito, surto num dia-a-dia bruto,
num dia de vida curto. E, às vezes, sorridente, abraço
o vento, o céu que chora, uma incerteza incandescente
de viver a cada hora.
Não provo o sal, amargo paladar de outrora, degusto a doçura
de um amor breve, de um amor leve, que a todo momento me enternece.
Não ouço gritos de desavenças, o corpo nem pensa, involuntariando
os ouvidos a escutar risos e gargalhadas, com os braços ao ar.
Eu ainda espanto e levanto o pequeno resto da alegria que ainda está.
Sucumbindo à loucura, obtenho protestos e aplausos e divido em versos
meu pequeno ato.
E é com carinho que eu me exalto em um mundo apaixonado, em um ser, meu, desgovernado.
2 comentários:
a vida é feita de dias e do que fazemos deles..
e tudo isso me lembrou que "Minha vida inteira é meu dia inteiro,
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!"
bons dias pra ti.
Gostei dessa postagem e das anteriores também. Escreves muito bem! Parabéns!
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