domingo, novembro 14, 2010

A Razão de Ser

Passeio por entre mundos, confabulações e paradigmas.

Reflito. Ando só por entre os cantos de minh’alma inquieta.

Quem me entende? Quem me acompanha?!

Se a vida tem roteiro, se eu sou desordeiro. É o vento que eu abraço. É de divagações que eu cheiro.

Mas o caminho não é esse, eles dizem. A trajetória não é essa.

E eu só entendo da minha metafísica. Eu só enxergo cores e alegrias.

É o vento que me chama, essa brisa que me desassossega.

Que me faz querer plainar, querer saltar do ponto mais alto de minhas sensações e mergulhar fundo em várias emoções.

Eu me contenho, ainda, numa tentativa de me enquadrar. Mas sou sem quadro, sem quadrado. Minha visão é cósmica e meu ar transcendental.

E da transcendência eu me espalho na superfície e penetro pelos poros de minha vida frenética.

É nessa minha paixão pela vida tão vasta, tão curta em sua infinitude, que encontro a confusão que me mantém vivo.

Nessa sutileza desordenada que não cabe em mim, que emerge de mim, esguicha de minha pele tempestuosamente, sem controle
.
Faz-me procurar uma explicação, não é fácil ser sem razão!  

Apenas o tato intangível que me acalenta, pousa em meu ser e só a mim confessa, só a mim, sem dor nem vergonha, como a voz de uma criança que revela um segredo, bem baixinho, a me perguntar: Que explicação? Que razão?    

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