segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Novos Amores

Como chegamos aqui, me conta?
Eu dormi. Sem os olhos cerrar, eu esmoreci.
Caí lento, dançando a nova dança antiga.
Aquela que todos dançam um dia. Na vida.
No chão me deixas. A mão me negas.
O chão me falta. O pão não quero.
O ritmo acabou. Falta-me passos para seguir.
Seguir sem cair, sem pedir, sem ir.
Levantar sem correr. Andar sem pisar.
O que outrora aprendi a confiar.
Aprendi meu par. É difícil mudar. É difícil dançar.
E agora o que fazes?
Se a música acabou, pega teus sapatos e segue.
Mais uma dança que me negue,
não vai mudar os passos da dança que ficou.
Pode levar a vitrola.
Não esquece a escova de dente!
No meu espaço, resta-me o braço. Para viver.
No peito ausente, canta insistente, meu violão,
a melodia de um novo par, um novo passo,
uma nova canção...

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