Essa harmonia, só eu posso escutar?
A todos quero mostrar. Olhem!
A beleza aqui exposta. Escutem!
Demora. Passo por louco.
Foi pouco. A mim resta muito.
Surto.
Sigo a dança, mansa, do cotidiano, insano.
Deixa pra lá. A vida eu hei de cantar,
a alegria, o sorriso e, por que não, a morte!
Nasci sem vergonha, sem escolha!
A noção eu perdi! O meu caminho tá aí:
na estrada do dia-a-dia.
Na busca incessante de um devaneio.
Em meio ao meu desatino,
quis arpejar minha alma,
mas dela só obtive murmúrios,
notas suaves de loucura.
Ouça bem agora:
essa é a verdadeira canção!
Vem sem medo. Vem sem razão!
E eu te digo, meu irmão:
morrer, não morres mais (são),
pois em cada amigo tu deixarás,
no coração, teu suave sorriso, tua mão.
E até lá, a ti, somente a própria vida,
regada de loucura, regada de tesão!
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