O resultado de minhas equações, hoje, são inexatos.
Perdi a capacidade de achar soluções.
Meus teoremas são inválidos.
Meu “dois mais dois” não é igual a “quatro”
e minha figura
geométrica não é mais o quadrado.
Vieste durante a resolução de um problema e criaste outro.
Surgiu-me nova incógnita,
fiquei em alvoroço.
Como achar números se agora tudo me é ilógico?
Como ser inteiro se agora estou dividido?
Não multiplico e nem subtraio.
Somo dúvidas e dividendos. Extraio
da raiz do meu peito número irracional.
Meu cálculo é ineficaz, pobre, banal.
Somente rascunhos vis de um ser desordenado.
Foste além
do meu limite e anulaste meu determinante.
Derivaste em
minha mente um polinômio de números primos.
Que eu teimo
em fazer pares.
Por sermos
ímpares, um ao outro, sem báskara, sem matriz.
Somente esses sinais que nos atraem
nos tiram do conjunto e nos põe em desacordo.
Contra toda
lógica, todas fórmulas, todas réplicas e súplicas.
Somos ímpares. Somos dízima periódica.
Tentei
analisar-nos em combinatória
porém nem a
permutação restou-nos nessa vida de cálculos.
Pois que a
vida, na matemática de nossa natureza humana,
nos cria
essas Probabilidades de combinação desordenadas.
Resta-me tua
geometria analítica ou plana.
Ainda a espacial,
distância entre dois pontos,
Função exponencial.
E, ainda assim, não chego ao nosso final!
Então, solto
meu lápis, meus rascunhos, todos os fatores que permuto
e
flutuo...pairo...
... como a
te contemplar nas resultantes de meu charuto.
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