sábado, abril 08, 2006

Banalidade artística

Engraçado como podemos fazer análises circunstanciais da vida. O universo cinematográfico é fantástico por essa capacidade de conduzir o espectador a reflexões a respeito dos fatos mais banais. Aí me vem a pergunta : a vida imita a arte ou a arte imita a vida? Primeiramente, podemos afirmar que a arte, por ser baseado em atos, emoções e fatos da vida, pode imitá-la, contudo, seria um pensamento muito restrito. Um observador extremo do cotidiano, o que é bastante raro atualmente, enxerga as coisas de uma maneira muito mais romântica, no sentido amplo. O extremo da observação caminha para um êxtase supremo a partir do qual você consegue imaginar todos os gêneros cinematográficos. Pode ser uma comédia, um drama, um suspense ou , até mesmo, um terror. O desenvolver das cenas, por vezes, é tão perfeito, numa sincronia tão singular, que supera qualquer dramatização. A partir disso, pode-se expandir as mesmas idéias para outras áreas, que não a cênica, como desenho e música. Esse é o dom dos artistas, é enxergar arte na vida. E assim, mergulhar em um mundo de confusão de tudo e de si mesmo, sugando a mais doce essência da realidade. Pode parecer meio piegas, eu sei, entretanto, bem observado, todo ser humano é um artista nato, por isso existem os cinco sentidos. Tanto que quando um de nós vem desprovido de um daqueles, dá muito mais valor aos que lhe restaram, sendo muito mais capaz de sentir arte onde muitos sentiriam repulsa.

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