quarta-feira, janeiro 30, 2008

Amiga dos Boêmios

Ela é a amiga que nos abre portas, abraça e chora.
Ela nos dá colo e afaga mágoas. Sorri com a gente.
Nas horas mais inexatas eu a busco sorridente.
E ela, na sua infinita companhia, me sorri na hora.

Eu passeio em sua existência até quando quente.
Ela, formosa e loira, encara minha boca, implora!
Eu a bebo em delírio, me exalto. A minha face cora.
Nas tardes de sol, gelada a sorvo. O paladar fremente

Qualquer ventura a comemorar, ela nos espera lá.
Nos dá malícia, esquenta a festa, vira um mandamento.
E nessa ajuda mansa, muitos vitupérios causou já.

É por essas e outras que agora ela cá está.
Então, eu lanço o copo ao alto e brado sedento:
Cerveja! Seja toda nossa neste momento!

Nenhum comentário: